quinta-feira, 20 de agosto de 2009

JABACULÊ INSTITUCIONALIZADO

O pagamento para repercutir trabalhos que cantores e gravadoras –em especial- fazem a emissoras de televisão e rádio virou instituição. O jabaculê saltou das trilhas sonoras para corredores e gabinetes dos Legislativos de Mato Grosso do Sul.

Não bastassem os insossos, inodoros e improdutivos VTs de horário político obrigatório, os espectadores e ouvintes são obrigados a conviverem com a coerção de programas (?) comandados por figurinhas carimbadas da política do Estado. Sensacionalismo e pieguismo fazem a tônica do que seus titulares classificam de “jornalismo”.

Diante da chegada de novos “programas” –velhos na essência-, o mais antigo usuário dessa prática, Deputado Estadual Maurício Picarelli, reclamou. Chegou a dizer que tais programas só poderiam ser realizados por jornalistas. Tal como se arvora ser.

Caso seu trabalho televisivo não tivesse a forma despótica com a qual comanda, as matérias feitas por supostos repórteres mostrariam os rostos de seus autores. Estes, por sua vez, não entrevistariam, possíveis foras da lei,como se fossem torturadores da ditadura militar. A cereja do bolo é o fato de os perguntadores sem rosto serem obrigados a citar o titular do “programa jornalístico” como “Deputado” Maurício Picarelli.

Se o mais antigo desses programas tem baixo nível de qualidade, o que dizer de outros que, em sua maioria, são cópias do original? Com predomínio da trinca pieguismo, sensacionalismo e não se esqueça de mim, não se pode esperar nada de melhorias no ar.

No ar ficam, literalmente, espectadores-eleitores que acreditam serem coerentes as ações dos nobres deputados, vereadores e candidatos a, tanto na televisão ou rádio quanto na tribuna.

O ESCÂNDALO DAS PASSAGENS DA CÂMARA FEDERAL não serviu pra nada. Na chamada verba indenizatória, tanto na Asembleia Legislativa quanto na Câmara de Campo Grande, não existe a rubrica Verba para programas individuais de TV ou rádio. Como perguntar não ofende, de onde vem o dinheiro para pagamento de produtoras e compra de espaços nas emissoras do Estado?

LAÇOS DE FAMÍLIA QUE ATRAPALHAM. Mesmo que a imprensa de Mato Grosso do Sul não fosse produto de oligarquias, a jornalista (esta sim) Denise Abrahão não poderia abonar matéria eventualmente contrária ao comportamento de vereador do Sr. Paulo Siufi. O presidente do Legislativo da capital do Estado mantém programa (pago por ele) onde avia receita sem ver o rosto do paciente, pela TV Campo Grande, onde a moça trabalha.

PIEGAS E POPULARESCOS, nenhum dos oito programas acima resistiriam a um traço nos índices de audiência em pesquisa quantitativa e qualitativa.

MAIS DO MESMO. Ratinho, Netinho e Crhistina Rocha. Com este trio o SBT consegue empate técnico no segundo lugar de audiência (junto com a Record). Pobre filme triste.

OS ESMERO COM A PRODUÇÃO DE CAMINHOS DAS ÍNDIAS, são apenas com o visual da trama, por parte de autores e colaboradores. Com os fatos reais, nem tanto. Dia desses, o núcleo da Lapa carioca jantava, ao mesmo tempo em que os “indianos” também estavam à mesa, fazendo o mesmo. Considerando que grande parte de brasileiros jantam por volta de 20 horas, os indianos estão dormindo em plena 4h30min da madrugada, já que o fuso entre os dois países é de +8h30min.

FOI DADA A SAÍDA. Adalberto Batista, diretor de marketing do São Paulo, rechaçou críticas da CBF ao estádio do Morumbi. Disse, sem citar nomes que “tem sede da copa que não tem estádio e cujo melhor time é da quarta divisão”, em clara alusão à mato-grossense Cuiabá.

ATÉ ONDE O DEPUTADO JERSON DOIMNGOS (dono de Francisco Cezário que é dono da FFMS) vai levar adiante promessas de retaliações ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira? Seu pupilo está preocupado.

BOI DE PIRANHA. OU FANTOCHE. Jérome Valker, secretário-geral da FIFA, pões a cara pra bater, no lugar de Ricardo Teixeira. Esculhamba o Estádio do Morumbi, em São Paulo, dando voz ao ódio que o presidente nutre por São Paulo, que tem uma Federação de Futebol –muito independente para o gosto dele- e que não reza em sua cartilha.

VALE LEMBRAR QUE o governador José Serra, também, não estimulou a bancada federal paulista a desistir da implantação da CPI da Nike.

LENHA NA CRISE DE IDENTIDADE DO MS. Ocupante do melhor cargo do mundo, que “só presta conta a Deus”, conforme o titular do programa Tribuna Livre (FM Capital), Ricardo Teixeira referiu-se aos habitantes daqui como “mato-grossenses-do-sul”, na carta enviada ao prefeito Nelson Trad Filho, ao invés de sul mato-grossenses. Nesse particular, não podemos censurar o presidente da CBF pois tanto uma quanto outra designação refere-se aos habitantes de Rondonópolis.

CASO NOSSO ESTADO TIVESSE OUTRA DENOMINAÇÃO o mundo saberia onde fica o Estado do Pantanal, tão cantado em prosa e verso na hora do chororó e prejuízo. Distribuir adesivos jurando que o “Pantanal é aqui” é medida que não vai de Caarapó a Nhecolândia. É o mundo que precisa saber disso e não apenas os convidados a irem às ruas dar tchauzinhos para Carlos Alberto Torres, Luiza Brunet, Ricardo Teixeira e –pasme- Francisco Cezário, pelas ruas de Campo Grande. Modificar a história é mundo mais do que isso.

terça-feira, 19 de maio de 2009

GOLPE DE MESTRE

Livrando-se do abraço de afogado, a diretoria da TV Campo Grande teve atitude -corajosa- que, além de sanar débitos imediatos, vai fornecer-lhe mais oxigênio para os próximos três anos. Ao contrário do que foi noticiado, a emissora assinou apenas um contrato (de arrendamento de operações) com a igreja Internacional da Graça de Deus. O mesmo tem validade de 36 meses e, em horários específicos, serão transmitidos programas da seita do Sr. Romildo R. Soares.
Pelo contrato, todos os atuais funcionários da TV Campo Grande permanecerão em seus lugares. Quanto à programação do SBT, de São Paulo, ficará sob responsabilidade da equipe comandada pelo Sr. Antonio João Hugo Rodrigues.
Findo o prazo do compromisso celebrado, todos os equipamentos que os arrendatários aplicarem na emissora, farão parte dos móveis e utensílios da TV Campo Grande. Inclusive os de última geração que serão utilizados nas transmissões de alta definição, sistema que já estava em andamento bem antes do citado contrato entre as partes.
A quem interessar possa, as cifras que envolvem a sacro-santa transação são: 15 milhões de reais de luvas e 400 mil reais por mês, pelo citado período de três anos.
Mais um golpe de mestre do futuro pedetista Antonio João Hugo Rodrigues.
Ave imperador. Bons vôos com seu jatinho, agora, recondicionado.

QUE NINGUÉM DIGA QUE O PREFEITO, Nelson Trad Filho, nunca entrou em um coletivo urbano, na capital. Na apresentação da TV Buzão, ele posou para fotos onde aparece fazendo carinho na câmera instalada em ônibus, descendo em seguida. Ir de um terminal a outro, no horário de pico, nem pensar.

QUANDO A TV BRASIL PANTANAL estrear sua programação, refregas como a do presidente do S.T.F., Gilmar Mendes e o ministro Joaquin Barbosa, serão raras. Para não dizer que não serão levadas ao ar por nossa TV Educativa.

DOEU NOS JORNAIS. A não releitura atenta do próprio texto, fez responsável por editorial de jornal diário impresso, da capital, repetir seis vezes uma mesma palavra, em um espaço de 20 linhas. Não contente, dias depois (19 de maio) voltou a usar a mesma palavra doze vezes no mesmo espaço. E editorial, todos sabem, é a opinião do dono do jornal.

LILIAN WITIFIBE, NO PROGRAMA DO JÔ, soltou uma carapuça para terras guaicuru –e outras plagas nacionais-. Disse que “a imprensa das oligarquias, no interior do Brasil” não contribui em nada para seus leitores. A pensar.

O DEPARTAMENTO DE JORNALISMO da Rede MS e TV Morena, em Campo Grande, instituíram –e editaram matérias- sobre um tal Dia do Trabalhador. Sobre o Dia do Trabalho, nada. Tem nada não; a Petrobrás também publicou anúncio de página inteira, referindo-se ao mesmo dia. Cuja data não existe no calendário mundial.

QUE FALTA DE ISENÇÃO profissional. Ao sair na frente nas transmissões Digitais (em alguns programas, ressalte-se) a TV Morena informou que, além dela própria, a TV Brasil Pantanal, futuramente, utilizará do mesmo recurso tecnicológico. Seria ato de engrandecimento citar que a TV Campo Grande e Rede MS –também futuramente- entrarão na nova onda da televisão brasileira. Afinal, é a comunicação, como um todo, que se moderniza. E não apenas a repetidora da Globo, no Estado.

DIA DESSES, a editora e apresentadora do MSTV 2ª Edição, Lygia Sabka, apresentou-se vergando roupa preta, bem ao estilo de refinadas togas dos integrantes do Judiciário nacional. Faltou melhor observação mesmo porque, dias depois, ela repetiu o figurino.

MACACO DE AUDITÓRIO. A entusiasmada manifestação do governador André Puccinelli, dirigida ao presidente Lula, durante a reinauguração do Trem do Pantanal, mais pareceu espalhafato de fã diante de seu ídolo.

DEPOIS DE DIZER QUE ELE PRÓPRIO seria responsável pela comunicação das obras da Administração estadual, o governador está reprovado como diretor de criação de suas produções. A série de VTs, com resumo semanal das atividades do Chefe do Executivo estadual, mais parece calhau do Diário Oficial. Ninguém lê. Nem os mais atentos espectadores entendem o que ali é veiculado.

PRÓXIMA ATRAÇÃO; Políticos do Estado na TV e nas rádios do MS.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

VEM AI MAIS UM CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA



Aos poucos e sem alardes, o governo do Estado coloca a TV Brasil Pantanal no ar, no formato que o Chefe da Casa Civil, Osmar Gerônimo considera ideal. Por ora, não há preocupação com a má qualidade da imagem nem com a programação gerada pela Rede Brasil.
Os transmissores herdados da administração anterior passam por reparos enquanto atrações regionais seguem em linha de produção. Segundo o que se sabe, alguns trabalhos enfocando belezas do Mato Grosso do Sul serão exibidos em rede para todo o território nacional. Contratos nesse sentido já foram celebrados.
Quando a parte regional ocupar maior espaço, o jornalismo ganhará especial dimensão. Neste campo, que não se açanhem os opositores do governo André Puccinelli; teremos, sim, mais um informativo chapa branca. E nem poderia ser de outra forma.
Por mais competente que seja a equipe a ser comandada por Carlos Voges (ex-TV Morena), cada um precisa manter o emprego e, desde Engels , porta-voz oficial do (des)governo Hitler, o que importa é propagar o que faz o administrador de plantão. O resto é resto do arresto.
É tênue a distância entre informação independente e a ética profissional que todo jornalista tem -ou deveria ter-, quando se trata de fazer a difusão das ações do administrador público.
A falta do senso crítico nos jornalísticos da “TV do Lula” contempla com traço (quase zero) a audiência da emissora, em nível nacional. Quanto à TV Brasil Pantanal, resta esperança de que sua programação não se torne um grande horário político partidário.

NUVENS NEGRAS PAIRAM SOBRE O PRÉDIO da Fundação Anchieta, sede da TV Brasil Pantanal. A emissora já anunciou duas próximas atrações que farão parte de sua grade; lugar cativo para transmissões da TV Assembleia e TV Câmara, de Campo Grande. Pano rápido.

A DISPOSIÇÃO DO BISPO EDIR MACEDO de azucrinar a Rede Globo, vai muito mais além de Jacarepaguá. Até as retransmissoras são visadas pela Rede Record para desconstruir o que a Globo fez nas chamadas Praças. Agora foi a vez da jornalista Glaura Vilalba (foto) trocar de casa. A TVMS passa a ser seu novo endereço, com estréia marcada já para esta segunda-feira, no MS Record Primeira Edição.


JULIANA LANARI passa para dentro do estúdio para fazer a apresentação do MS Record Segunda Edição. Carmen Cestari sai do ar, por pouco tempo, quando voltará fazendo a produção -e apresentação- de um programa de saúde.

O TIRA-PÕE NÃO PARA POR AI. Os profissionais que chegam à emissora tem registro em Carteira com status de funcionários da emissora, em São Paulo. Chique, não?! Tem mais; abandonar antigos ninhos recebendo o dobro do atual salário é outro (ou principal) atrativo da retransmissora da TV Record.


POR FALAR EM ESTREIAS na Rede Record, o mexe-mexe vem acompanhado de campanha publicitária em outdoors espalhados pelas ruas de Campo Grande, informando que a morena Glaura mudou para a Record.


REFERINDO-SE À FARRA DAS PASSAGENS, da Câmara Federal, a apresentadora Adriane Galisteu garantiu –no seu programa de estreia- que devolverá à Câmara das excelências o valor das passagens com as quais foi presenteada, caso seu ex-namorado e deputado não o faça. Quixotesca declaração não tem amparo em lei que regulamente a entrada de dinheiro de pessoas físicas aos cofres públicos.


QUEM TEM O COSTUME DE ASSISTIR à TV até altas horas da noite já notou que o Bispo R. R. Soares, sem nenhum alarde, já está no ar com suas pregações-arrecadadoras na TV Campo Grande.


O GOVERNO DO ESTADO celebrou acordo com a TV Morena para uso das antenas que a repetidora da Globo tem no Mato Grosso do Sul. Da parceria resulta que a TV Brasil Pantanal terá cobertura de mais de 90% das cidades sul mato-grossenses.


DO FUNDO DO BAU


Muito tempo depois de O Homem Proibido, de 1982, Elizabeth Savalla encara o papel de futura avó, em Caras e Bocas, da Globo.
Eloisa Mafalda que participou de Brilhante, em 1981, está ausente das produções da Globo pela falta de domínio –e lembrança- dos textos das produções a que estava acostumada há algum tempo atrás. A jornalista Marina Saber, da TV Morena, devidamente autorizada pela emissora, também faz apresentações de bailes de debutantes, festas religiosas, encontros, missa de sétimo dia, etc. É só convidar que ela "emprestará" sua graça e simpatia aos eventos do Estado.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

OS 411 VOTOS NA ELEIÇÃO DO BBB 9

OU, A MARTA ROCHA DE CAMPO GRANDE NO BB9. Na década de 50, O Brasil não levou o concurso Miss Universo pois juízes alegaram que a baiana “tinha umas polegadas a mais”. E isso numa época em que ninguém falava em gordura trans. Por pequena diferença de peso (ou largura do quadril) e da esfarrapada desculpa dos jurados, Marta ficou mais famosa que a própria vencedora, esquecida logo após a eleição.
No último Big Brother aconteceu algo semelhante. Ou quase. Ao anunciar que a vitória de Max se deu por diferença “de apenas 24 milésimos”, Pedro Bial (ou Boninho, ou a Globo) não calculou que o fato geraria comentários no departamento Me Engana que Eu Gosto.
Eleger uma representante de Mato Grosso do Sul? Deixar o Rio de Janeiro fora dessa? Logo ela (Priscila) que, dizem (os retrógrados) já foi garota de programa; fez filmes pornográficos? Que, até moção de congratulações, da Câmara de Campo Grande teve de ser deixada pra lá? Não. Era muito para a audiência da atração.
E, em nome da moral (do Rio de Janeiro contra MS) e dos bons costumes (da Globo, vendedora de ilusões), eleja-se Max vencedor. E danem-se prognósticos de vitória de Priscila Pires preconizada em dois entre três portais da internet.
Insignificantes 24 milésimos servem para acalmar o povo do Mato Grosso do Sul –e o resto da nação que torciam –e acreditavam- pela vitória da moça, pensaram Bial e seus aceclas. Na estratificação dos 44 milhões de votos da decisão final, segundo a Globo, tirados 30,5 % dos votos dados à Francine, aqueles 24 milésimos de diferença na vitória do carioca, representam pouco mais de 411 votos.
E pequenas diferenças em eleições –qualquer que seja- sempre geram dúvidas. E jamais são esquecidas.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

NOTÍCIAS PELA METADE




No papel de difusora da informação, a comunicação carrega em seus meandros o poder de ditar moda. Entre as diversas formas de veículo, nenhum outro supera a Rede Globo. É através dela que milhões se orientam no momento de cozinhar; decorar a casa; indumentária pessoal; o carro do ano; forma de fazer amor, etc. Se tá na Globo, tá certo.
Falta de criatividade de outras redes consolidam a liderança da emissora carioca que, aliás, há tempos, não inova em sua programação. Raras são as atrações –dentre as de maior audiência- que não levam a assinatura da Endemol que exporta esquetes para uma centena de TVs do mundo.
Como tudo que a Globo faz vira regra, vemos o ridículo de ela vilipendiar sobre o básico do jornalismo e as demais redes endossarem este ilícito. Jornalista que se preza como tal –com diploma ou não-, sabe que itens como “o quê; quem; quando; onde; como e por quê, formam a raiz da informação correta.
Ciente da liderança –e auto-suficiência- da emissora, jornalistas da Globo são obrigados (por ordens superiores) a espinafrar princípios de notícias com absurdos redacionais do tipo “uma empresa da zona sul do Rio de Janeiro...”, “a estatal nacional de Petróleo...”, “trabalhadores protestaram contra indústria frigorífica que demitiu...” etc.
A justificativa é de que “ao declinar nomes de empresa –e estampar logomarcas-, estaria sendo feito marketing (ou merchandising) gratuito dos envolvidos na nota”. Arrogância pura. E como toda “ordem que vem de cima”, suas repetidoras são obrigadas a terem o mesmo tipo de comportamento. E o que é pior; outras redes têm atitude semelhante à concorrente líder.
Como se a Globo suplantasse a importância de notícia feita corretamente.

NOTÍCIA TRISTE, DURA, NUA E CRUA. E tardia. Morreu Kojac. Ícone do jornalismo de Campo Grande, barrado no baile do jabaculê guaicuru e refratário a chantagens de quem detinha –e detêm- o poder. Desprestigiado na Cidade Morena, vagou por diversas cidades do país, sobrevivendo condignamente da profissão, até chegar ao município de Imperatriz (MA), onde faleceu e foi enterrado. Como indigente. Restou-lhe apenas o latifúndio que cabe a todo brasileiro.

A NOTÍCIA DO PASSAMENTO do jornalista, ocorrida em 2008, foi transmitida por Mauro Lugo, antigo servidor da Casa Militar do Governo do Estado que, hoje, ministra aulas em cursinhos na capital São Luiz (MA).

AGRADELO PELA PARTE QUE ME TOCA por sentir-me incluído naquele anúncio veiculado no jornal O Estado do MS, sobre o Dia do Jornalista (7 de abril). Só pela parte que me toca –repito- pois, todos aqueles predicados ali inseridos, colocam os profissionais da classe como seres acima do bem e do mal. Para não dizer pessoas com direito a beatificação futura por parte do Vaticano.

AVISO AOS NAVEGANTES que nadam nas ondas de promoções de shows –oficiais (principalmente) ou não-. É preciso repensar e renovar a lista de atrações oferecidas ao público. Como perguntar não ofende; o leitor já parou para contar quantas vezes o cantor Almir Sater se apresentou em nosso Estado nestes 98 dias do ano? (coluna fechada em oito de abril) Os nada módicos cachês do intérprete sul mato-grossense superam sua preocupação com a imagem. E dá-lhe de “adoro cantar em minha cidade...”. Só que o público já mandou seu recado. Durante a última Expogrande (maior exposição Agro-Pecuária do Centro-Oeste que tem leilão de cachorros), duplas de expressão instantânea –e morte súbita- conseguiram público médio de trinta mil de pessoas, segundo Katia Kuratone, do jornal O Estado. Enquanto isso, Sater conseguiu o pífio número de dois mil apreciadores de sua arte.

JOGO DE INTRERESSES. Dirigentes do Misto e jornalistas devem prestar atenção –em particular- sobre a lotação do Estádio Morenão, no jogo que a equipe de Três Lagoas enfrentará o Corinthians na próxima semana. É quase certo que o total de torcedores que todos nós veremos, será infinitamente menor que o borderô de ficção a ser anunciado pelos promotores após o evento.

A TORCIDA É GRANDE para que o jornalismo da TV Morena amplie a inovação de ajuda comunitária com seu Balcão de Empregos. É a veiculação do aviso de cargos disponíveis e o telefone do futuro possível empregador. Pura e simplesmente. Desempregados que, na maioria das vezes, não têm dinheiro para se deslocar até o centro de Campo Grande, agradecem. É um saco ver este tipo de “atração” veiculado em quatro programas, todos com o mesmo formato.

QUAL O INTERESSE DE QUATRO CANAIS –pasme- em expor pessoas desempregadas, veiculando seu telefone celular e sujeitas a trotes, como sempre acontece? Nem para aquele apresentador com declarado interesse em manter o eleitorado sob cabresto se justifica.
DO FUNDO DO BAÚ
Fiel ao casamento com o falecido Airton Rodrigues, Lolita ainda não se recuperou da morte da amiga Nair Belo e aguarda novas convocações da Globo para voltar ao trabalho.

Glória Menezes e Marcos Paulo estavam em novela de sucesso da Globo, em 1985.

Certos de que existe vida útil fora da Morena, Ana Volpe e Edson Godoy alçaram vôos para outras paragens. Ela no SBT, de São Paulo e o segundo na TVMS, de Campo Grande.

Fotos: arquivo do autor da coluna

terça-feira, 31 de março de 2009

TELESPECTADOR SUB RAÇA

Por força de Medida Provisória enviada ao Congresso pelo Palácio do Planalto, a Rede Globo nos classifica como audiência de segunda classe. Através de liminar, a TV Morena exibe –no mesmo horário de Brasília- jogos da seleção brasileira e campeonatos regionais. Não se entende como a emissora, até hoje, não entrou com novas liminares para dar aos espectadores de nossa região o direito de não conviver com programação sob censura da classificação etária (por horário). Se as cenas da dança do sebo, protagonizada por Flávia Alessandra, na novela Duas Caras, causou perplexidade nos pudicos censores, é razoável a volta atrás com base na atual Caminhos das Índias. Calcado na tradição –e submissão- da mulher indiana, o máximo que a estonteante Juliana Paes vai desnudar ante as câmeras será a parte branca de seus olhos. Nada mais justificável do que tal argumento para fazer aqueles chocados legisladores refazerem aquela iniciativa de censura. É preciso verificar o efeito cascata da classificação etária, que não leva em consideração o fato de toda a programação da noite entrar para horários inconvenientes para o público e anunciantes da repetidora Global. Ver a novela das oito, a partir de 21 horas; BBB9 por volta de 22 e a atração que antecede o Jornal da Globo a partir de 23 horas é dose. Este último jornalístico da Globo virou atração da madrugada e ganha traço nos índices de audiência da TV Morena. Quando voltar a nova programação da Globo, O Programa do Jô será exibido pouco antes de o galo cantar três vezes.

PELO FATO DE A TV MORENA DETER OS MAIORES ÍNDICES de audiência em seus noticiosos, seria bom que a emissora publicasse um Manual Interno de Redação. Certamente isso evitaria que determinado repórter –ou apresentador- falasse bororó ao invés de Bôroro (com sílaba tônica no início da palavra, que é o certo), em matérias sobre esta etnia indígena do Estado.

ANTOLÓGICA CENA DE FAROESTE ESPAGUETE mostra um celerado girando uma manivela de metralhadora, eliminando oponentes montados em seus cavalos. Ao final da sequência de milhões de tiros a esmo, todos estão mortos; menos os cavalos. Isso nos faz lembrar o final do texto jornalístico sobre “sangrento tiroteio com muitas mortes, na Favela da Rocinha (RJ)”. Invariavelmente o fecho é: “segundo a Polícia, todos os mortos eram traficantes”.

OS ALTOS PREÇOS DE TABELA DA TV MORENA faz com que seus jornalísticos sintam falta de veiculação de empresas da iniciativa privada, em Campo Grande. E tome de VTs da TV Futura; apoios da Globo e clips (bons) sobre o MS.

SERÁ UMA PIADA (pra não dizer tragédia) quando Silvio Santos saldar o Mato Grosso do Sul –naquela trucagem pobre-, veiculada em praças brasileiras onde o SBT mantém repetidoras. Com a propalada -e sacramentada- venda da TV Campo Grande para a Igreja Internacional da Graça do Reino de Deus, é certo que funcionários ligados diretamente o Departamento de Jornalismo (único item da programação local) terão –ou não- tempo para ver as pregações do Bispo Romildo Soares. Para seguí-las ou botar “olho grande” nele.

OS REPRESENTANTES DA FIFA ficaram impressionados com a manifestação positiva que a população deu quando da visita dos dirigentes da entidade à nossa capital. A rápida passagem não permitiu que tomassem conhecimento da realidade do futebol sul mato-grossense. Ainda bem, senão...

A TV MS ACERTOU EM DUAS FRENTES com a criação do Jornal MS Record. Valorizou a programação local e conquistou importante parcela de anunciantes que não tinham vez nos noticiosos da concorrente, TV Morena.

ISSO SEM CONTAR A ABERTURA de novas oportunidades para profissionais da área de tele-jornalismo regional. Só falta, agora, a emissora do Noninho e família, criar logomarca e vinhetas próprias, para eliminar a suspeita de plágio da concorrente.
FALHA NOSSA. As TVs locais exibiram cenas do prefeito, da capital, participando de festivo encontro futebolístico, vergando vistosa camisa do time do Botafogo, do Rio de Janeiro. Para quem grita aos quatro cantos do mundo que “A Copa é aqui”, foi um ato falho de Nelsinho Trad.

TELESPECTADORES MAIS ATENTOS observam o sufoco que a TV Morena passa nas noites de futebol ao vivo, por culpa da tal classificação etária. Nestas ocasiões o Big Brother Brasil é exibido em edição super compactada, durante o intervalo de cada partida. Com tal expediente nossa retransmissora da Globo cria duas frentes de prejudicados; a não veiculação de comerciais dos patrocinadores da atração e os telespectadores que ficam sem “os melhores momentos” de outras partidas (sempre anunciadas pelo locutor) que acontecem no mesmo horário. Fazer parte da casta do Dalitis da programação da Globo é fogo.

RADIOATIVIDADE

NÃO CAUSA SURPRESA A ÓTIMA COLOCAÇÃO (3º lugar) do rádio, na pesquisa sobre quais entidades que mais influem na vida dos cidadãos sul mato-grossenses. É só lembrar que, através dele (rádio), o governador André Puccinelli afirmou em tom professoral (e político ávido por alto promoção) que “o Mato Grosso do Sul terá a melhor educação do pais”. SUA ASSESSORIA DE

COMUNCAÇÃO ACREDITOU TANTO nisso que até veicula spot com testemunhal de dirigentes da International Paper, justificando a escolha da empresa para se instalar em Três Lagoas. No mais puro idioma inglês.
ÀS FAVAS regra do CONAR -Conselho de Auto Regulamentação de Propaganda- que proíbe mensagens publicitárias em língua estrangeira em todo o território nacional.

DO FUNDO DO BAU

Antes do personagem Opash, em Caminho das Índias, Toni Ramos ostentava esse layout em setembro de 1982, na novela Sol de Verão.

Lima Duarte tinha desempenho –como sempre- marcante no seriado O Bem Amado, no mesmo ano de 1982.

Na parte regional, Carmen Cestari tinha esse look quando ainda estava na TV Morena, na década de 80.