segunda-feira, 13 de abril de 2009

OS 411 VOTOS NA ELEIÇÃO DO BBB 9

OU, A MARTA ROCHA DE CAMPO GRANDE NO BB9. Na década de 50, O Brasil não levou o concurso Miss Universo pois juízes alegaram que a baiana “tinha umas polegadas a mais”. E isso numa época em que ninguém falava em gordura trans. Por pequena diferença de peso (ou largura do quadril) e da esfarrapada desculpa dos jurados, Marta ficou mais famosa que a própria vencedora, esquecida logo após a eleição.
No último Big Brother aconteceu algo semelhante. Ou quase. Ao anunciar que a vitória de Max se deu por diferença “de apenas 24 milésimos”, Pedro Bial (ou Boninho, ou a Globo) não calculou que o fato geraria comentários no departamento Me Engana que Eu Gosto.
Eleger uma representante de Mato Grosso do Sul? Deixar o Rio de Janeiro fora dessa? Logo ela (Priscila) que, dizem (os retrógrados) já foi garota de programa; fez filmes pornográficos? Que, até moção de congratulações, da Câmara de Campo Grande teve de ser deixada pra lá? Não. Era muito para a audiência da atração.
E, em nome da moral (do Rio de Janeiro contra MS) e dos bons costumes (da Globo, vendedora de ilusões), eleja-se Max vencedor. E danem-se prognósticos de vitória de Priscila Pires preconizada em dois entre três portais da internet.
Insignificantes 24 milésimos servem para acalmar o povo do Mato Grosso do Sul –e o resto da nação que torciam –e acreditavam- pela vitória da moça, pensaram Bial e seus aceclas. Na estratificação dos 44 milhões de votos da decisão final, segundo a Globo, tirados 30,5 % dos votos dados à Francine, aqueles 24 milésimos de diferença na vitória do carioca, representam pouco mais de 411 votos.
E pequenas diferenças em eleições –qualquer que seja- sempre geram dúvidas. E jamais são esquecidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário