quinta-feira, 23 de abril de 2009

VEM AI MAIS UM CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA



Aos poucos e sem alardes, o governo do Estado coloca a TV Brasil Pantanal no ar, no formato que o Chefe da Casa Civil, Osmar Gerônimo considera ideal. Por ora, não há preocupação com a má qualidade da imagem nem com a programação gerada pela Rede Brasil.
Os transmissores herdados da administração anterior passam por reparos enquanto atrações regionais seguem em linha de produção. Segundo o que se sabe, alguns trabalhos enfocando belezas do Mato Grosso do Sul serão exibidos em rede para todo o território nacional. Contratos nesse sentido já foram celebrados.
Quando a parte regional ocupar maior espaço, o jornalismo ganhará especial dimensão. Neste campo, que não se açanhem os opositores do governo André Puccinelli; teremos, sim, mais um informativo chapa branca. E nem poderia ser de outra forma.
Por mais competente que seja a equipe a ser comandada por Carlos Voges (ex-TV Morena), cada um precisa manter o emprego e, desde Engels , porta-voz oficial do (des)governo Hitler, o que importa é propagar o que faz o administrador de plantão. O resto é resto do arresto.
É tênue a distância entre informação independente e a ética profissional que todo jornalista tem -ou deveria ter-, quando se trata de fazer a difusão das ações do administrador público.
A falta do senso crítico nos jornalísticos da “TV do Lula” contempla com traço (quase zero) a audiência da emissora, em nível nacional. Quanto à TV Brasil Pantanal, resta esperança de que sua programação não se torne um grande horário político partidário.

NUVENS NEGRAS PAIRAM SOBRE O PRÉDIO da Fundação Anchieta, sede da TV Brasil Pantanal. A emissora já anunciou duas próximas atrações que farão parte de sua grade; lugar cativo para transmissões da TV Assembleia e TV Câmara, de Campo Grande. Pano rápido.

A DISPOSIÇÃO DO BISPO EDIR MACEDO de azucrinar a Rede Globo, vai muito mais além de Jacarepaguá. Até as retransmissoras são visadas pela Rede Record para desconstruir o que a Globo fez nas chamadas Praças. Agora foi a vez da jornalista Glaura Vilalba (foto) trocar de casa. A TVMS passa a ser seu novo endereço, com estréia marcada já para esta segunda-feira, no MS Record Primeira Edição.


JULIANA LANARI passa para dentro do estúdio para fazer a apresentação do MS Record Segunda Edição. Carmen Cestari sai do ar, por pouco tempo, quando voltará fazendo a produção -e apresentação- de um programa de saúde.

O TIRA-PÕE NÃO PARA POR AI. Os profissionais que chegam à emissora tem registro em Carteira com status de funcionários da emissora, em São Paulo. Chique, não?! Tem mais; abandonar antigos ninhos recebendo o dobro do atual salário é outro (ou principal) atrativo da retransmissora da TV Record.


POR FALAR EM ESTREIAS na Rede Record, o mexe-mexe vem acompanhado de campanha publicitária em outdoors espalhados pelas ruas de Campo Grande, informando que a morena Glaura mudou para a Record.


REFERINDO-SE À FARRA DAS PASSAGENS, da Câmara Federal, a apresentadora Adriane Galisteu garantiu –no seu programa de estreia- que devolverá à Câmara das excelências o valor das passagens com as quais foi presenteada, caso seu ex-namorado e deputado não o faça. Quixotesca declaração não tem amparo em lei que regulamente a entrada de dinheiro de pessoas físicas aos cofres públicos.


QUEM TEM O COSTUME DE ASSISTIR à TV até altas horas da noite já notou que o Bispo R. R. Soares, sem nenhum alarde, já está no ar com suas pregações-arrecadadoras na TV Campo Grande.


O GOVERNO DO ESTADO celebrou acordo com a TV Morena para uso das antenas que a repetidora da Globo tem no Mato Grosso do Sul. Da parceria resulta que a TV Brasil Pantanal terá cobertura de mais de 90% das cidades sul mato-grossenses.


DO FUNDO DO BAU


Muito tempo depois de O Homem Proibido, de 1982, Elizabeth Savalla encara o papel de futura avó, em Caras e Bocas, da Globo.
Eloisa Mafalda que participou de Brilhante, em 1981, está ausente das produções da Globo pela falta de domínio –e lembrança- dos textos das produções a que estava acostumada há algum tempo atrás. A jornalista Marina Saber, da TV Morena, devidamente autorizada pela emissora, também faz apresentações de bailes de debutantes, festas religiosas, encontros, missa de sétimo dia, etc. É só convidar que ela "emprestará" sua graça e simpatia aos eventos do Estado.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

OS 411 VOTOS NA ELEIÇÃO DO BBB 9

OU, A MARTA ROCHA DE CAMPO GRANDE NO BB9. Na década de 50, O Brasil não levou o concurso Miss Universo pois juízes alegaram que a baiana “tinha umas polegadas a mais”. E isso numa época em que ninguém falava em gordura trans. Por pequena diferença de peso (ou largura do quadril) e da esfarrapada desculpa dos jurados, Marta ficou mais famosa que a própria vencedora, esquecida logo após a eleição.
No último Big Brother aconteceu algo semelhante. Ou quase. Ao anunciar que a vitória de Max se deu por diferença “de apenas 24 milésimos”, Pedro Bial (ou Boninho, ou a Globo) não calculou que o fato geraria comentários no departamento Me Engana que Eu Gosto.
Eleger uma representante de Mato Grosso do Sul? Deixar o Rio de Janeiro fora dessa? Logo ela (Priscila) que, dizem (os retrógrados) já foi garota de programa; fez filmes pornográficos? Que, até moção de congratulações, da Câmara de Campo Grande teve de ser deixada pra lá? Não. Era muito para a audiência da atração.
E, em nome da moral (do Rio de Janeiro contra MS) e dos bons costumes (da Globo, vendedora de ilusões), eleja-se Max vencedor. E danem-se prognósticos de vitória de Priscila Pires preconizada em dois entre três portais da internet.
Insignificantes 24 milésimos servem para acalmar o povo do Mato Grosso do Sul –e o resto da nação que torciam –e acreditavam- pela vitória da moça, pensaram Bial e seus aceclas. Na estratificação dos 44 milhões de votos da decisão final, segundo a Globo, tirados 30,5 % dos votos dados à Francine, aqueles 24 milésimos de diferença na vitória do carioca, representam pouco mais de 411 votos.
E pequenas diferenças em eleições –qualquer que seja- sempre geram dúvidas. E jamais são esquecidas.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

NOTÍCIAS PELA METADE




No papel de difusora da informação, a comunicação carrega em seus meandros o poder de ditar moda. Entre as diversas formas de veículo, nenhum outro supera a Rede Globo. É através dela que milhões se orientam no momento de cozinhar; decorar a casa; indumentária pessoal; o carro do ano; forma de fazer amor, etc. Se tá na Globo, tá certo.
Falta de criatividade de outras redes consolidam a liderança da emissora carioca que, aliás, há tempos, não inova em sua programação. Raras são as atrações –dentre as de maior audiência- que não levam a assinatura da Endemol que exporta esquetes para uma centena de TVs do mundo.
Como tudo que a Globo faz vira regra, vemos o ridículo de ela vilipendiar sobre o básico do jornalismo e as demais redes endossarem este ilícito. Jornalista que se preza como tal –com diploma ou não-, sabe que itens como “o quê; quem; quando; onde; como e por quê, formam a raiz da informação correta.
Ciente da liderança –e auto-suficiência- da emissora, jornalistas da Globo são obrigados (por ordens superiores) a espinafrar princípios de notícias com absurdos redacionais do tipo “uma empresa da zona sul do Rio de Janeiro...”, “a estatal nacional de Petróleo...”, “trabalhadores protestaram contra indústria frigorífica que demitiu...” etc.
A justificativa é de que “ao declinar nomes de empresa –e estampar logomarcas-, estaria sendo feito marketing (ou merchandising) gratuito dos envolvidos na nota”. Arrogância pura. E como toda “ordem que vem de cima”, suas repetidoras são obrigadas a terem o mesmo tipo de comportamento. E o que é pior; outras redes têm atitude semelhante à concorrente líder.
Como se a Globo suplantasse a importância de notícia feita corretamente.

NOTÍCIA TRISTE, DURA, NUA E CRUA. E tardia. Morreu Kojac. Ícone do jornalismo de Campo Grande, barrado no baile do jabaculê guaicuru e refratário a chantagens de quem detinha –e detêm- o poder. Desprestigiado na Cidade Morena, vagou por diversas cidades do país, sobrevivendo condignamente da profissão, até chegar ao município de Imperatriz (MA), onde faleceu e foi enterrado. Como indigente. Restou-lhe apenas o latifúndio que cabe a todo brasileiro.

A NOTÍCIA DO PASSAMENTO do jornalista, ocorrida em 2008, foi transmitida por Mauro Lugo, antigo servidor da Casa Militar do Governo do Estado que, hoje, ministra aulas em cursinhos na capital São Luiz (MA).

AGRADELO PELA PARTE QUE ME TOCA por sentir-me incluído naquele anúncio veiculado no jornal O Estado do MS, sobre o Dia do Jornalista (7 de abril). Só pela parte que me toca –repito- pois, todos aqueles predicados ali inseridos, colocam os profissionais da classe como seres acima do bem e do mal. Para não dizer pessoas com direito a beatificação futura por parte do Vaticano.

AVISO AOS NAVEGANTES que nadam nas ondas de promoções de shows –oficiais (principalmente) ou não-. É preciso repensar e renovar a lista de atrações oferecidas ao público. Como perguntar não ofende; o leitor já parou para contar quantas vezes o cantor Almir Sater se apresentou em nosso Estado nestes 98 dias do ano? (coluna fechada em oito de abril) Os nada módicos cachês do intérprete sul mato-grossense superam sua preocupação com a imagem. E dá-lhe de “adoro cantar em minha cidade...”. Só que o público já mandou seu recado. Durante a última Expogrande (maior exposição Agro-Pecuária do Centro-Oeste que tem leilão de cachorros), duplas de expressão instantânea –e morte súbita- conseguiram público médio de trinta mil de pessoas, segundo Katia Kuratone, do jornal O Estado. Enquanto isso, Sater conseguiu o pífio número de dois mil apreciadores de sua arte.

JOGO DE INTRERESSES. Dirigentes do Misto e jornalistas devem prestar atenção –em particular- sobre a lotação do Estádio Morenão, no jogo que a equipe de Três Lagoas enfrentará o Corinthians na próxima semana. É quase certo que o total de torcedores que todos nós veremos, será infinitamente menor que o borderô de ficção a ser anunciado pelos promotores após o evento.

A TORCIDA É GRANDE para que o jornalismo da TV Morena amplie a inovação de ajuda comunitária com seu Balcão de Empregos. É a veiculação do aviso de cargos disponíveis e o telefone do futuro possível empregador. Pura e simplesmente. Desempregados que, na maioria das vezes, não têm dinheiro para se deslocar até o centro de Campo Grande, agradecem. É um saco ver este tipo de “atração” veiculado em quatro programas, todos com o mesmo formato.

QUAL O INTERESSE DE QUATRO CANAIS –pasme- em expor pessoas desempregadas, veiculando seu telefone celular e sujeitas a trotes, como sempre acontece? Nem para aquele apresentador com declarado interesse em manter o eleitorado sob cabresto se justifica.
DO FUNDO DO BAÚ
Fiel ao casamento com o falecido Airton Rodrigues, Lolita ainda não se recuperou da morte da amiga Nair Belo e aguarda novas convocações da Globo para voltar ao trabalho.

Glória Menezes e Marcos Paulo estavam em novela de sucesso da Globo, em 1985.

Certos de que existe vida útil fora da Morena, Ana Volpe e Edson Godoy alçaram vôos para outras paragens. Ela no SBT, de São Paulo e o segundo na TVMS, de Campo Grande.

Fotos: arquivo do autor da coluna